Imagem com fotos da classe de 2024 do Hall da Fama do hóquei no gelo

Conheça a classe de 2024 do Hall da Fama do hóquei no gelo

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A classe de 2024 do Hall da Fama do hóquei no gelo foi introduzida na segunda-feira (11). A comemoração iniciou na sexta-feira (8) e contou com diversos eventos, desde um jogo comemorativo até a cerimônia oficial da introdução à eternidade do esporte.

Sete nomes foram escolhidos por um comitê formado por 18 pessoas, sendo ex-jogadores, membros antigos e atuais do front office de times de hóquei e até jornalistas. Os homenageados foram:

  • Natalie Darwitz – atacante, Estados Unidos
  • Krissy Wendell-Pohl – atacante, Estados Unidos
  • Pavel Datsyuk – central, Rússia
  • Jeremy Roenick – central, Estados Unidos
  • Shea Weber – defensor, Canadá
  • David Poile – construtor, Canadá
  • Colin Campbell – construtor, Canadá

A classe é composta por cinco ex-atletas e dois construtores – pessoas que contribuíram para o crescimento do jogo, como head coaches, general managers, jornalistas e donos de times. É a primeira vez, desde 2010, quando Angela James e Cammi Granato foram as duas primeiras mulheres introduzidas ao Hall da Fama, que uma dupla compõe a mesma classe novamente. Conheça a classe do Hall da Fama do hóquei de 2024!

Natalie Darwitz

Darwitz teve uma carreira como jogadora por mais de uma década e, posteriormente, foi técnica e executiva. Ela foi capitã dos EUA em torneios internacionais e conquistou uma prata e um bronze nas Olimpíadas (2002, 2006), além de três ouros (2005, 2008 e 2009) e cinco pratas (1999, 2000, 2001, 2004, 2007) em Mundiais da Federação Internacional de Hóquei no Gelo (ou IIHF, sigla de International Ice Hockey Federation). Em 50 jogos pela seleção estadunidense, Darwitz marcou 72 pontos (39 gols e 33 assistências). Foi jogadora da Universidade de Minnesota, seu estado natal. Nos Golden Gophers, foi bicampeã da NCAA de forma consecutiva (2004, 2005). Em três temporadas e 99 jogos, teve 246 pontos (102 gols, 104 assistências). 

Após sua aposentadoria, Darwitz foi assistente técnica e head coach da sua Universidade, treinando também a Hamline University e times de high school. Por fim, foi a general manager que construiu o time de Minnesota da PWHL, hoje Minnesota Frost, o primeiro campeão da história da nova liga.

Krissy Wendell-Pohl

Contemporânea de Natalie Darwitz na seleção estadunidense, Krissy Wendell-Pohl é mais uma nativa de Minnesota no Hall da Fama. Elas foram companheiras de time na seleção e no hóquei universitário, sendo bicampeãs da NCAA juntas, e Wendell-Pohl foi a segunda maior goleadora em 2005 atrás apenas de Darwitz. 

Ela foi a primeira jogadora do estado de Minnesota e a primeira na conferência WCHA a vencer o Patty Kazmaier Award, prêmio de melhor jogadora universitária. Durante a temporada 2004-2005, ela marcou sete gols em desvantagem numérica, um recorde na NCAA, e terminou sua carreira universitária com o maior número de pontos shorthanded da história, com 16 (número igualado posteriormente por Meghan Agosta). Nos Golden Gophers, marcou 237 pontos (106 gols. 131 assistências).

Sua carreira no hóquei durou mais de uma década e durante este período conquistou uma prata e um bronze (2002, 2006) nas Olimpíadas e um ouro (2005) e cinco pratas (1999, 2000, 2001, 2004 e 2007) no Mundial da IIHF. Ela foi capitã dos EUA e venceu o prêmio de melhor jogadora no Mundial de 2005. Krissy Wendell-Pohl finalizou sua carreira na seleção com 247 pontos (106 gols e 141 assistências). Hoje, é olheira do Pittsburgh Penguins.

Pavel Datsyuk

O primeiro russo a ser introduzido ao Hall da Fama desde Sergei Zubov, em 2019. O “Magic Man” iniciou sua carreira profissional aos 16 anos jogando pelo Dynamo-Energiya Yekaterinburg na Russia Superleague (RSL) e sua carreira durou mais de duas décadas entre as ligas russas, a NHL e a seleção de seu país.

Escolhido pelo Detroit Red Wings na 171ª escolha em 1998, Datsyuk se juntou à equipe apenas em 2001-2002, quando a franquia foi campeã da Stanley Cup. Na NHL, jogou 14 temporadas, todas pelo time de Michigan, vencendo mais uma Stanley Cup em 2008. Além disso, o time conquistou o Presidents’ Trophy quatro vezes (2001-02, 2003-04, 2005-06 e 2007-08), além do Clarence S. Campbell Bowl em 2001-02, 2007-08 e 2008-09. Ele foi escolhido como um dos 100 melhores jogadores de todos os tempos da NHL em 2017.

Com a seleção russa, venceu a medalha de bronze em 2002 e terminou o torneio com o melhor plus/minus (+8). Em 2018, foi campeão olímpico sob a bandeira dos Atletas Olímpicos Russos. Ele também representou a Rússia em sete Mundiais da IIHF, vencendo um ouro (2012). uma prata (2010) e três bronzes (2005, 2016 e 2017). 

Após sua aposentadoria na NHL, ele retornou ao seu país natal para terminar sua carreira. Jogou três temporadas pelo SKA Saint Petersburg, onde foi campeão da Gagarin Cup em 2017, e duas pelo Avtomobilist Yekaterinburg antes de anunciar oficialmente sua aposentadoria do esporte em 2022. 

Além das conquistas coletivas, ele venceu o Frank J. Selke três vezes (2007-08, 2008-09 e 2009-10), além do Lady Bing quatro vezes. Datsyuk é membro do IIHF Triple Gold Club, vencendo o ouro olímpico em 2018, do Mundial em 2012 e a Stanley Cup em duas ocasiões (2002, 2008). 

Jeremy Roenick

Roenick fez história ao se tornar o terceiro estadunidense a marcar 500 gols na história da NHL, em 2007. Jeremy Roenick foi selecionado na 8ª escolha geral pelo Chicago Blackhawks no draft de 1988, onde ficou até 1996, quando foi trocado para o Arizona Coyotes. Por Chicago, marcou 596 pontos. 

JR passou mais cinco temporadas pelos Coyotes, marcando 351 pontos. Ele ainda jogou pelo Philadelphia Flyers, Los Angeles Kings e San Jose Sharks, onde se aposentou. Jeremy Roenick encerrou sua carreira na NHL com 513 gols, 703 assistências, totalizando 1.216 pontos em 1.363 jogos. Pela seleção dos EUA, foi medalhista de prata nas olimpíadas de 2002. Disputou também os jogos de 1998, quando os estadunidenses pararam nas quartas de final. 

Após sua aposentadoria do esporte, Roenick fez carreira na televisão como comentarista nos jogos da NHL. 

Shea Weber

Com a carreira teoricamente ainda ativa, Shea Weber não joga desde 2021 após ajudar a levar o Montréal Canadiens para a Final da Stanley Cup. Após os três anos de espera, Weber foi introduzido em seu primeiro ano de elegibilidade. Dono de um slapshot digno de recorde em eventos do All-Star e um líder nato, teve sua carreira interrompida por lesões. 

Foi escolhido na segunda rodada do draft de 2003 pelo Nashville Predators, o defensor jogou quatro temporadas no Kelowna Rockets da WHL, vencendo a conferência duas vezes, a Memorial Cup em 2004 e foi o melhor jogador dos playoffs da WHL em 2005. Seu debut na NHL ocorreu em 2006 e marcou seu primeiro gol três meses após sua estreia. Em 11 temporadas pelos Preds, foi capitão em seis delas. Enquanto em Nashville, ele teve mais de 20 gols em pelo menos três temporadas e, em 2012-13, teve 23 gols e 33 assistências para um recorde pessoal de 56 pontos.

Em 2016, Weber foi trocado para o Montréal Canadiens, onde jogou cinco temporadas e foi capitão em duas e, em sua última, liderou o time para a primeira Final da Stanley Cup desde 1993. Depois disso, ele não entrou mais no gelo. Seu contrato de 14 anos assinado ainda no Nashville Predators foi trocado para o Vegas Golden Knights e, posteriormente, Arizona Coyotes/Utah Hockey Club. Shea Weber foi o segundo colocado na votação pelo James Norris Trophy duas vezes e venceu o Mark Messier Leadership Award em 2016. Ele encerrou sua carreira com 589 pontos (224 gols e 365 assistências). Na pós-temporada, ele teve 42 pontos em 97 jogos.

Na seleção canadense, Weber foi campeão do World Juniors em 2005 e conquistou uma prata (2009) e um ouro (2007) no Mundial da IIHF. Ele também venceu duas vezes a medalha de ouro nas Olimpíadas de Inverno, em 2010 e 2014.

Os construtores: Colin Campbell e David Poile

Finalizando a classe de 2024 do Hall da Fama do hóquei no gelo, Colin Campbell e David Poile ajudaram a fazer do esporte o que ele é hoje.

Após sua carreira como jogador, Colin Campbell se tornou treinador, assumindo o cargo de assistente no Detroit Red Wings em 1985-86 até 1989-90. Após Detroit, foi assistente no New York Rangers, quando eventualmente foi parte do time que venceu o Presidents’ Trophy e a Stanley Cup em 1994. Ele assumiu como head coach dos Rangers em 1994-95 até fevereiro de 1998. Após sua carreira como técnico, Campbell assumiu como vice-presidente sênior e diretor de operações do hóquei. Sua função era aplicar multas e suspensões em nome da liga, contatos diários com a NHLPA, dirigentes da NHL, general managers e head coaches. Ele ajudou a instituir mudanças na liga para que se tornasse mais segura para os jogadores e ajudou a tornar o jogo mais dinâmico, permitindo que os jogadores mostrem mais habilidade e tornando o jogo mais inclusivo. Além disso, ele criou a revisão de vídeo centralizada na NHL, a situation room em Toronto. 

Com uma carreira discreta como jogador, David Poile teve destaque como executivo e construção de times na NHL. Ele iniciou sua carreira em 1972 no Atlanta Flames, time de expansão da liga e, em 1978, tornou-se o general manager assistente. Em 1982-83, Poile foi nomeado como general manager e vice-presidente do Washington Capitals e onde ficou por 15 temporadas e levou os Caps para os playoffs 14 vezes durante estes anos. Em 1997, foi contratado como GM do Nashville Predators, mais um time de expansão, e seguiu na franquia por 24 anos até sua aposentadoria. Em 2016-17, levou os Preds para a Final da Stanley Cup e foi escolhido como o General Manager do ano, recebendo o Jim Gregory Award. Em 2017-18, tornou-se o GM mais vencedor da história da liga, com 1.320 e, depois disso, também se tornou o general manager com mais tempo de serviço na história da NHL, com 36 temporadas consecutivas. Ele também é o único GM a ter 1.000 jogos e 500 vitórias com dois times diferentes. Ele contribuiu também para a evolução da liga, sendo instrumental na adoção na regra do replay instantâneo em 1991, além de fazer parte da comissão que ajudou a instituir o shootout na temporada regular.

 

Confira o episódio do podcast Tic-Tac-Gol! sobre a classe de 2024 do Hall da Fama do hóquei no gelo!

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