
Foto/Reprodução: FISU
A negligência da mídia em relação ao hóquei feminino é um reflexo da desigualdade de gênero presente no esporte. Enquanto as ligas masculinas dominam a cobertura, as competições femininas enfrentam dificuldades para conquistar visibilidade e reconhecimento. Fatores como a falta de investimento financeiro, a perpetuação de estereótipos de gênero e a longa tradição do hóquei ser um esporte predominantemente masculino contribuem para essa marginalização.
Essa ausência de atenção midiática limita o crescimento do esporte, dificultando o acesso das atletas a oportunidades de patrocínio e tornando mais desafiador o engajamento de novos fãs. Apesar dos avanços, a luta por uma cobertura justa e igualitária ainda é um desafio constante para o hóquei feminino.
Deixarei aqui alguns aspectos que dificultam uma melhor visibilidade do esporte, até porque uma luta por mais igualdade, em várias questões, sempre se fez e se faz presente, ainda mais no mundo contemporâneo em que vivemos.
Desigualdade de Gênero no hóquei feminino:
Durante muito tempo, o esporte foi dominado por homens, e a cobertura midiática sempre foi muito voltada para o que é praticado por eles. Existe uma visão cultural de que os esportes masculinos são mais emocionantes ou têm mais valor, o que se reflete na quantidade de tempo e recursos dedicados à cobertura desses eventos.
Falta de Investimento e Infraestrutura no hóquei feminino:
O hóquei feminino muitas vezes não recebe o mesmo nível de investimento financeiro e apoio institucional que o masculino. Isso se traduz em menos visibilidade, menos patrocínios e, consequentemente, uma cobertura de mídia menor.
Estereótipos de Gênero:
Muitas vezes, existe a ideia de que os esportes de contato (como o hóquei) são mais adequados para homens. Isso leva à marginalização do esporte feminino, visto que é desafiador quebrar esses estereótipos e mudar a percepção pública sobre a capacidade das mulheres nesses esportes.
História e Tradição:
Portanto o hóquei, assim como outros esportes, tem uma longa tradição masculina. As ligas femininas ainda são mais recentes e menos consolidadas, o que torna mais difícil para as atletas conquistarem espaço na mídia. As mulheres no esporte muitas vezes precisam se esforçar muito mais para alcançar a mesma visibilidade que os homens.
Falta de Cobertura e Narrativas:
A mídia frequentemente foca em histórias de esportistas que já são muito conhecidos, e como as mulheres no hóquei não têm a mesma exposição, há menos narrativas para construir em torno delas. Falta também o desenvolvimento de uma cultura esportiva que valorize essas histórias tanto quanto as dos atletas masculinos.
Felizmente, nos últimos anos, tem havido uma crescente pressão para mudar isso, com algumas ligas e torneios, como a PHF (Professional Hockey Federation, antiga NWHL), ganhando mais visibilidade, e mais mulheres se destacando no esporte. A luta delas por mais igualdade de cobertura está crescendo, mas ainda há muito a ser feito.
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Sobre o Tic-Tac-Gol!
O portal Tic-Tac-Gol! foi criado em 2022, com o intuito de trazer as últimas informações sobre as melhores ligas de hóquei de um jeito inclusivo, dinâmico, fluido e divertido,
assim como disseminar sobre o esporte para o público brasileiro.
O podcast Tic-Tac-Gol! surgiu em 2021, antes do portal que temos hoje, e foi o primeiro podcast sobre o esporte feito apenas por mulheres! Ao longo desses anos, o Tic-Tac-Gol! passou por várias mudanças e caminha para se tornar um dos principais portais sobre hóquei no Brasil. Após a transformação do podcast em um portal efetivamente, passamos por várias reformulações, novos integrantes chegaram, e em contrapartida outros deixaram o projeto, sempre deixando contribuições valiosas para o portal ter chegado onde está hoje.