Mundial Feminino de Hóquei 2025 na Tchéquia: tudo sobre o torneio

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O Campeonato Mundial Feminino de Hóquei no Gelo IIHF 2025 está prestes a começar, reunindo as melhores seleções do mundo em České Budějovice, Tchéquia, de 9 a 20 de abril de 2025. Este torneio promete partidas emocionantes e alto nível técnico, consolidando-se como um dos eventos mais aguardados do calendário esportivo e esportes femininos.

Como será o formato do torneio?

Grupo A – As potências

Esse grupo reúne as cinco seleções mais fortes, com base no ranking mundial e histórico recente: 

Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Suiça e Tchéquia.

Essas seleções têm vaga automática nas quartas de final, ou seja, não correm risco de rebaixamento, mesmo que terminem em último no grupo. A lógica é proteger as melhores equipes e garantir que estejam presentes nas fases decisivas do torneio.

Grupo B – O segundo escalão

O Grupo B é formado por seleções consideradas um “segundo escalão” em termos de força e tradição. Ele conta com:

Suécia, Alemanha, Japão, Hungria e Noruega.

Aqui, o torneio é mais competitivo e com mais em jogo. As três primeiras colocadas do Grupo B avançam para as quartas de final, juntando-se às cinco do Grupo A.

As duas últimas colocadas são rebaixadas para a Divisão IA, a segunda divisão do hóquei feminino internacional. Isso significa que, no próximo Mundial, elas não disputarão a elite, mas sim o torneio da Divisão IA, onde lutarão para retornar à elite em 2026.

Esse formato equilibra a competição: protege as grandes seleções e permite que times em crescimento tenham a chance de avançar ou serem rebaixados se não tiverem desempenho suficiente.

Como chegam as seleções?

Canadá

Atual campeã mundial, a equipe canadense chega com um elenco repleto de talentos e experiência. Jogadoras como Sarah Nurse e Blayre Turnbull, ex-alunas da Universidade de Wisconsin, são esperadas para desempenhar papéis cruciais na busca pelo bicampeonato. A seleção canadense busca defender seu título com uma equipe composta por 25 jogadoras, incluindo 17 medalhistas de ouro que retornam ao elenco. A experiência e a coesão do grupo são trunfos importantes na busca pelo quarto ouro em cinco anos.

Estados Unidos

Tradicional rival do Canadá, a seleção americana busca retomar o topo do pódio. Com um grupo jovem e dinâmico, elas têm potencial para surpreender e conquistar o título. A equipe americana apresenta um elenco robusto, com 23 das 25 jogadoras já tendo participado de mundiais anteriores. Destaque para Hilary Knight, que acumula 14 medalhas em campeonatos mundiais, consolidando-se como uma das atletas mais condecoradas da história do torneio.

Tchéquia

Anfitriã do torneio, a equipe tcheca conta com o apoio da torcida local e busca aproveitar o fator casa para alcançar resultados expressivos. A seleção não está entre as favoritas, porém o fator casa pode ser determinante para uma grande competição. A seleção chega embalada por duas medalhas de bronze consecutivas, sob o comando da treinadora Carla MacLeod, o time combina juventude e experiência. No gol, Klára Peslarová retorna após lesão, enquanto no ataque brilham nomes como Natálie Mlýnková e Adéla Šapovalivová, uma jovem promessa de 18 anos. Com jogadoras atuando nas principais ligas do mundo, como a SDHL e a PWHL, a Tchéquia promete ser uma das surpresas do torneio.

Finlândia

A Finlândia chega como uma das seleções mais tradicionais do hóquei feminino, sempre presente entre as favoritas. Liderada pela veterana Jenni Hiirikoski e com nomes de peso como Susanna Tapani, Ronja Savolainen e Noora Tulus, todas com experiência internacional e passagens pela PWHL, as finlandesas têm um elenco equilibrado e competitivo. A meta é voltar ao pódio e desafiar o domínio de Canadá e EUA.

Suíça

A Suíça entra no Mundial com a missão de surpreender mais uma vez. A equipe conta com a estrela Alina Müller, destaque no Boston da PWHL e uma das melhores jogadoras do mundo, além da experiente goleira Andrea Brändli, fundamental em campanhas passadas. Apesar de oscilar em torneios recentes, a Suíça tem talento e resiliência para brigar por uma vaga nas semifinais e incomodar as grandes seleções.

Suécia

A Suécia retorna ao Grupo A do Mundial com expectativas renovadas após boas campanhas recentes. Com jogadoras experientes como Emma Söderberg no gol e jovens talentos como Hilda Svensson, de apenas 17 anos, os Tre Kronor buscam consolidar sua evolução. A base atua na SDHL, uma das ligas mais fortes do mundo, o que garante ritmo competitivo. A meta sueca é clara: mostrar que voltou ao topo e pode sonhar com medalha.

Hungria

A Hungria disputa o Grupo B com o objetivo de manter-se na elite do hóquei feminino. A equipe aposta na goleira Anikó Németh, veterana e referência da seleção, e em jovens promessas como Mira Seregély, que atua nos EUA e tem sido destaque ofensivo. Ainda em fase de consolidação entre as potências, as húngaras sabem que cada ponto é vital, tanto para buscar uma vaga nas quartas quanto para evitar o rebaixamento.

Japão

O Japão chega ao Mundial com um estilo de jogo veloz e disciplinado, marca registrada da equipe. Lideradas pela experiente goleira Miyuu Masuhara e pela atacante Akane Shiga, as japonesas buscam repetir boas atuações recentes e garantir presença nas quartas de final. A maioria do elenco atua na liga local, mas o entrosamento e a organização tática são trunfos que mantêm o Japão competitivo contra rivais fisicamente superiores.

Alemanha

A Alemanha chega ao Mundial tentando dar um passo além no cenário internacional. Com um elenco jovem e em desenvolvimento, os destaques ficam por conta da defensora Franziska Feldmeier e da atacante Nicola Eisenschmid, sendo pilares da equipe. As alemãs apostam em uma defesa sólida e transições rápidas para buscar uma vaga nas quartas de final. O desafio é manter a consistência e evitar a zona de rebaixamento no equilibrado Grupo B.

Noruega

A Noruega retorna à elite do hóquei feminino após 14 anos e encara o Mundial como uma grande vitrine. Com um elenco jovem e motivado, o destaque fica para a goleira Ena Nystrøm, que atua no hóquei universitário dos EUA e é peça-chave na defesa. As norueguesas sabem que a missão principal é evitar o rebaixamento, mas chegam com energia renovada e a confiança de quem quer mostrar que pertence ao mais alto nível da modalidade.

O Mundial Feminino de Hóquei 2025 reúne o que há de melhor na modalidade: talento, tradição e muita competitividade. Enquanto potências como Canadá, Estados Unidos e Finlândia chegam como favoritas ao título, seleções emergentes como Tchéquia, Suécia e Suíça prometem esquentar a disputa e mostrar que a hegemonia está cada vez mais ameaçada. Já no Grupo B, o equilíbrio é a palavra-chave — com seleções batalhando não só por vagas nas quartas de final, mas também pela permanência na elite mundial.

O torneio também é uma vitrine para jovens talentos e nomes consagrados, além de reforçar a importância do investimento e visibilidade no esporte feminino. Em um momento de crescimento global do hóquei entre mulheres, o campeonato assume um papel simbólico: mais do que apenas buscar medalhas, as seleções no gelo estão ajudando a moldar o futuro da modalidade.

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