
PWHL detalha regras da expansão para Seattle e Vancouver
A Professional Women’s Hockey League (PWHL) deu mais um passo importante para consolidar sua presença na América do Norte. Nesta segunda-feira (19), a liga anunciou oficialmente as regras para o draft de expansão de suas duas novas franquias, Seattle e Vancouver, que farão parte da temporada 2025-26. A chegada das equipes marca a primeira expansão da PWHL desde sua fundação e promete movimentar intensamente o mercado de jogadoras a partir de junho.
Com um cronograma robusto e medidas pensadas para garantir equilíbrio competitivo, a liga delineou um processo que envolve quatro etapas principais: proteção de jogadoras pelas franquias fundadoras, uma janela exclusiva de contratações para as novas equipes, um draft de expansão e, por fim, o PWHL Draft 2025.
Etapa 1: Listas de proteção e limite de perdas
As seis franquias fundadoras da PWHL – Boston, Minnesota, Montréal, New York, Ottawa e Toronto – deverão enviar suas listas de jogadoras protegidas até o dia 02 de junho. Inicialmente, cada time poderá proteger apenas três jogadoras, independentemente de seu status contratual (com ou sem contrato para 2024-25).
Após a perda de duas jogadoras (seja durante a janela de contratações ou no draft de expansão), cada equipe poderá proteger uma quarta atleta. O número máximo de perdas permitido por franquia será quatro jogadoras, o que obriga as equipes a tomarem decisões estratégicas entre manter estrelas, jovens promessas ou pilares defensivos.
Essa limitação de proteção foi desenhada para permitir que as novas equipes consigam montar elencos competitivos desde o início, além de garantir uma distribuição mais equitativa de talento entre todas as franquias da liga.
Etapa 2: Janela exclusiva de contratações (04 a 08 de junho)
Entre os dias 4 e 8 de junho, Seattle e Vancouver terão uma janela de negociação exclusiva com jogadoras que:
- Não estiverem nas listas de proteção;
- Tiverem contratos expirando ou forem agentes livres.
Cada franquia poderá assinar até cinco jogadoras durante esse período. Essas contratações não exigem compensação ou negociação com os times originais, mas devem ser concluídas antes do draft de expansão. Vale destacar que a decisão de quem assinar pode alterar significativamente o equilíbrio de forças dentro da liga, já que, após essas assinaturas, os times que perderem duas atletas poderão proteger uma jogadora adicional.
Etapa 3: Draft de expansão (09 de junho)
No dia 09 de junho, às 21h30 (horário de Brasília), será realizado o aguardado Draft de Expansão, em que Seattle e Vancouver poderão escolher jogadoras das equipes existentes, respeitando as seguintes regras:
- Cada time de expansão deve selecionar ao menos 7 jogadoras;
- O número máximo de jogadoras selecionadas será definido pela quantidade contratada na janela anterior;
- Ao fim do draft, cada nova equipe deverá contar com 12 jogadoras no elenco, combinando escolhas e contratações;
- Nenhuma franquia poderá perder mais de duas jogadoras no draft (e no máximo quatro no processo total).
A ordem de seleção será decidida por sorteio, e as escolhas devem levar em conta não apenas o talento das jogadoras, mas também a compatibilidade contratual e o teto salarial da equipe.
Etapa 4: PWHL Draft 2025 (24 de junho)
O draft acontecerá no dia 24 de junho, com transmissão ao vivo a partir das 20h (horário de Brasília), diretamente do Hard Rock Hotel & Casino, em Hollywood, Flórida.

Sarah Fillier, a primeira escolha geral do draft de 2024. Reprodução/The Athletic
Com seis rodadas previstas, o draft contará com jogadoras universitárias, atletas internacionais e profissionais que se declararem elegíveis. A primeira escolha geral será do New York Sirens, que acumulou mais pontos no sistema “Gold Plan”, uma metodologia que valoriza vitórias obtidas após a eliminação matemática dos playoffs, premiando equipes que continuaram competitivas mesmo fora da disputa.
Seattle e Vancouver participarão do draft normalmente, com posições de escolha ainda a definir.
Impacto competitivo e nomes em jogo
A expectativa em torno desse processo é alta. Com dezenas de jogadoras importantes se tornando disponíveis, as novas franquias terão à disposição uma base que pode incluir algumas das principais estrelas da liga.
Entre os nomes que podem ficar acessíveis estão Hilary Knight (Boston), Marie-Philip Poulin (Montréal), Sarah Nurse (Toronto), Kendall Coyne Schofield (Minnesota) e Ann-Renée Desbiens (Montréal), todas atletas consagradas, mas que, diante da limitação de proteção, podem acabar movimentando o mercado caso não sejam priorizadas por suas equipes atuais.
Além disso, as jogadoras com contratos vencendo poderão usar o período como uma janela de reavaliação de carreira e posicionamento em mercados estratégicos, como o da Costa Oeste, agora representado pelas duas novas franquias.
O futuro da PWHL
A entrada de Seattle e Vancouver representa um marco histórico para a PWHL, que passa a contar com oito equipes e amplia significativamente sua presença na América do Norte, especialmente na costa do Pacífico, uma região apaixonada por hóquei, mas até então sem representação feminina profissional no cenário internacional.
A liga também abriu uma lista de interesse para torcedores, permitindo que fãs façam depósitos reembolsáveis para garantir prioridade na compra de ingressos e produtos oficiais.
Com calendário definido e expectativas em alta, o mês de junho promete ser um divisor de águas para a PWHL, e um presente para quem acompanha de perto a evolução do hóquei feminino profissional.
Palestina-brasileira. Professora, torcedora do St. Louis Blues e fã de tênis, café, true crime e dos meus seis pets. Artista e nadadora por hobby.
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