Tudo sobre os playoffs da temporada 2024-25 da NHL!
Chegou a hora da verdade! Após longos seis meses e meio, mais de mil jogos disputados e momentos históricos, os playoffs da temporada 2024-25 da NHL finalmente começam hoje (19). A jornada rumo à glória da Stanley Cup está prestes a começar, e os 16 times classificados já conhecem seus adversários para a primeira rodada. Mas afinal, o que esperar de cada equipe?
A equipe do Tic-Tac-Gol! se reuniu para destrinchar a temporada de cada time classificado, destrinchar os pontos fortes e fracos e traçar o que vem por aí nos confrontos decisivos. Se você quer ficar por dentro de tudo que vem aí na pós-temporada 2024-25 da NHL, vem com a gente entender quem tem mais chances de levar Lorde Stanley para casa!
Você pode acompanhar os jogos dos playoffs da temporada 2024-25 na Disney+ Premium. A ESPN e o serviço de streaming contarão com alguns jogos com transmissão em português.
Fique de olho das redes sociais do Tic-Tac-Gol! para saber quais são os jogos do dia e quais serão transmitidos em português.
🌟 CHEGOU A HORA!
— Tic-Tac-Gol! (@tictacgol) April 17, 2025
Os confrontos dos playoffs estão definidos. Agora é vencer ou voltar pra casa para as 16 equipes que farão parte da pós-temporada da NHL! E ai, para quem vai a sua torcida? pic.twitter.com/9AUcUN1Gz1
CONFERÊNCIA OESTE
Pela Conferência Oeste saiu um dos maiores destaque da temporada regular: o Winnipeg Jets, que conquistou pela primeira vez na história da franquia o Presidents’ Trophy, prêmio dado ao time com a melhor campanha da liga. Ao lado deles, outros gigantes do Oeste também garantiram sua vaga na briga pela Stanley Cup. Pela Divisão Pacífica, Vegas Golden Knights, Edmonton Oilers e Los Angeles Kings foram os classificados.
A Divisão Central, por sua vez, foi a mais dominante, classificando cinco equipes para a pós-temporada no Oeste. Além dos próprios Jets, seguem na disputa o Colorado Avalanche, Dallas Stars, St. Louis Blues e Minnesota Wild. Os dois últimos garantiram a classificação pelo wild card apenas no último jogo da temporada regular.
Quer saber quem chega com mais força, quem pode surpreender e quais são os duelos mais imperdíveis? Fique ligado em tudo sobre os times da Conferência Oeste e o que esperar deles nos playoffs da temporada 2024-25 da NHL!
WINNIPEG JETS
Havia uma expectativa na primeira temporada completa de Scott Arniel no comando dos Jets e ela se correspondeu de forma incrível: o time não só foi campeão da Divisão Central mas também ganhou o Presidents’ Trophy, prêmio de melhor time da temporada regular,pela primeira vez na história após o retorno para Winnipeg.
O cartão de visitas foi dado logo na estreia, ao massacrar o Edmonton Oilers por 6×0, com o primeiro jogo sem levar gols de Connor Hellebuyck, já mostrando o porquê dele ser o favorito máximo ao Vezina. No início de novembro, os Jets venceram o Dallas Stars por 4×1, concluindo o maior início de temporada da história da liga, com 15 vitórias nos primeiros 15 jogos. Depois de vencer o St. Louis Blues por 3×1 no início de abril, o time atingiu o recorde histórico da franquia Jets/Thrashers de mais vitórias em uma mesma temporada, com 53. Com a vitória contra o Chicago Blackhawks no dia 12 de abril, os Jets garantiram o título de divisão e a melhor campanha da Conferência Oeste. Já no dia seguinte, com a derrota do Washington Capitals para o Blue Jackets, a equipe garantiu a melhor campanha da temporada regular. Logo depois, em 16 de abril, após vencer o Anaheim Ducks por 2×1 na prorrogação, a equipe fez seu ponto 116 na temporada, quebrando o recorde histórico de 115 na temporada 2017-18.
Kyle Connor e Connor Hellebuyck foram os melhores jogadores da temporada regular. O ex-ruivo e atual careca Kyle Connor fez a melhor temporada da carreira: 41 gols, segunda melhor marca da carreira e 56 assistências, somando 97 pontos na temporada, seu recorde pessoal. Já Helle fez a melhor temporada da carreira e provavelmente vencerá seu terceiro Troféu Vezina na carreira, além de se credenciar na briga de MVP da temporada e já ter garantido o Prêmio William M. Jennings, para o goleiro com menos gols sofridos na temporada.
Uma das maiores interrogações desse time na pós-temporada é como Hellebuyck vai jogar, ainda mais depois da eliminação para o Colorado Avalanche na temporada passada. Foram 24 gols sofridos em cinco jogos, média de gols sofridos de 5,23, e 86,4%de defesas feitas pesam contra o goleiro. Esse ano, o sonho da Stanley passa pelo rendimento de Helle. Considerando a recuperação incrível dos Blues após o 4 Nations, a equipe de Winnipeg pode esperar certo nível de dificuldade contra os comandados de Jim Montgomery. Os Jets tem o desfalque confirmado de Nikolaj Ehlers, perdendo um dos principais jogadores do time, que teve 24 gols e 39 assistências na temporada regular, e deve ter o desfalque de Gabe Villardi no primeiro jogo da série, após lesão sofrida no jogo contra Buffalo dia 23 de março. Ehlers deve ser substituído por Nino Niederreiter na segunda linha e no lugar de Villardi na primeira linha, Scott Arniel deve escalar Alex Iafallo.
DALLAS STARS
Com uma campanha sólida e um dos elencos mais equilibrados da NHL, o Dallas Stars chega aos playoffs da temporada 2024-25 da NHL como um dos candidatos ao título. Após uma temporada regular consistente, os texanos consolidaram-se como uma das potências do Oeste, combinando profundidade ofensiva, talento jovem e experiência veterana.
A equipe de Peter DeBoer brilhou com uma defesa bem estruturada e um ataque entre os mais produtivos da liga. O entrosamento das linhas e a capacidade de vencer jogos apertados deram ao Stars a confiança necessária para encarar a pós-temporada com ambição.
Entre os destaques individuais, Jason Robertson segue como peça central da engrenagem ofensiva. O jovem ala manteve sua média de pontuação alta, sendo referência nos power plays e decisivo em momentos críticos. Ao seu lado, Jake Oettinger reafirma sua posição como um dos melhores goleiros da liga. Seguro, ágil e confiável, o camisa 29 será peça-chave em qualquer campanha longa nos playoffs.
Mas nem tudo são flores. Os Stars ainda mostram certa irregularidade em jogos fora de casa e dependem demais de sua primeira linha em momentos de dificuldade. A capacidade de lidar com pressões em séries longas é uma incógnita, especialmente após eliminações dolorosas em anos recentes.
Falando em histórico, o Dallas Stars já conhece bem a montanha-russa dos playoffs. Campeão da Stanley Cup em 1999 e finalista em 2020, o time tem alternado boas campanhas com saídas precoces na última década. Agora, com um elenco mais maduro e profundo, acredita ter chegado o momento de voltar ao topo.
O caminho até a final, no entanto, não será fácil. O Oeste está recheado de adversários perigosos, como Colorado Avalanche, Edmonton Oilers e Vegas Golden Knights. Para sobreviver, o Dallas Stars precisará manter o foco, explorar sua profundidade e, acima de tudo, contar com atuações decisivas de seus astros.
Com talento e motivação de sobra, pode muito bem transformar a promessa em realidade, e fazer a estrela voltar a brilhar nos palcos mais altos da NHL.
Por Lucas Balugani
COLORADO AVALANCHE
Os playoffs da NHL finalmente chegaram. É hora dos 16 melhores times da temporada regular lutarem pelo troféu mais místico das quatro grandes ligas norte-americanas: a cobiçada Stanley Cup. E entre os candidatos está o Colorado Avalanche, campeão em 2022, que agora busca retornar ao topo e conquistar mais uma vez a glória máxima do hóquei.
O primeiro desafio do Colorado não será nada fácil. Pela frente, o Dallas Stars, rival de divisão, um time que conhece muito bem os pontos fortes e fracos do Avalanche. Os confrontos entre essas equipes costumam ser eletrizantes, marcados por rivalidade e intensidade. Será um verdadeiro teste logo de cara. O caminho ainda pode reservar Vegas Golden Knights e Winnipeg Jets, os dois melhores times da conferência.
A equipe chega embalada por uma campanha sólida, mesmo com algumas baixas significativas ao longo do ano. O Avalanche é liderado por ninguém menos que Nathan MacKinnon, um dos maiores talentos da liga atualmente. Ele foi o motor ofensivo do time durante toda a temporada, acumulando impressionantes 116 pontos na temporada regular. Seu papel será, mais uma vez, fundamental para as pretensões da equipe em uma pós-temporada que promete ser intensa.
Na defesa, o Avalanche conta com um dos jogadores mais eletrizantes da NHL: Cale Makar. O jovem defensor, que acumula 92 pontos, é um talento geracional. Sua habilidade de contribuir ofensivamente, somada à sua leitura de jogo, o colocam entre os melhores — senão o melhor — da posição atualmente. Ao lado dele, Devon Toews forma uma dupla complementar perfeita. Enquanto Makar encanta com velocidade e criatividade, Toews traz a segurança, a solidez e a calma que muitas vezes passam despercebidas, mas são essenciais em momentos decisivos.
No ataque, além de MacKinnon, outros nomes ganham destaque. Artturi Lehkonen, herói silencioso da campanha vitoriosa de 2022, volta aos playoffs com a missão de repetir (ou até superar) aquele desempenho. O finlandês chegou via troca com o Montréal Canadiens e rapidamente se tornou peça importante no esquema da equipe. Já Martin Necas promete trazer velocidade e versatilidade ao grupo ofensivo, podendo ser um diferencial em séries longas e equilibradas, ele foi o terceiro maior pontuador da equipe com 83 pontos.
O gol é, sem dúvida, o setor mais questionado do Avalanche, com destaque para Mackenzie Blackwood. Apesar de algumas boas atuações ao longo da temporada, sua consistência ainda levanta dúvidas. Com uma taxa de defesas de 91% e uma média de 2,55 gols sofridos por partida, Blackwood precisará elevar seu nível se o Colorado quiser ir longe nos playoffs. Em uma pós-temporada onde cada erro pode custar caro, o desempenho do goleiro pode ser o fator decisivo entre uma eliminação precoce e uma campanha memorável.
Combinando experiência, talento e sede por mais um título, o Colorado Avalanche tem peças para fazer uma longa jornada nos playoffs da temporada 2024-25 da NHL. A caminhada até a Stanley Cup é sempre árdua e imprevisível, mas com a qualidade do elenco e a base vencedora que já conhece o caminho da glória, o Avalanche entra na pós-temporada como um dos candidatos mais perigosos, mas também mais questionados.
Por Augusto Edinger
VEGAS GOLDEN KNIGHTS
O Vegas Golden Knights desempenhou uma temporada regular muito positiva em geral, o time teve seu pior momento entre janeiro e fevereiro com algumas sequências de derrotas. Mas, desde que deu a volta por cima, alcançou a liderança da divisão e não saiu de lá. Os Golden Knights se classificaram para os playoffs no início de abril e garantiram o título da divisão do Pacífico no jogo número 80 da temporada regular.
A força desse time passa por Jack Eichel, a estrela dos Golden Knights foi de longe o melhor pontuador do time na temporada regular com 93 pontos. Eichel marcou 27 gols e deu 66 assistências, os Golden Knights costumam criar mais chances de gol com ele no gelo do que fora. Eichel precisa estar saudável na pós-temporada para que o time tenha força para vencer séries e avançar nos playoffs.
Outro jogador importante para Vegas é Shea Theodore, o defensor é uma peça importante para manter a coesão de jogo e ajudar a pender a balança para o ataque dos Golden Knights. Com Theodore no gelo, os Golden Knights marcaram em todas as situações de jogo 46 gols a mais do que sofreram. Theodore marcou 55 pontos, sete gols e 48 assistências, sendo o quarto melhor pontuador da equipe na temporada.
Os Golden Knights têm um ponto fraco no time que é um problema generalizado no elenco: sofrer muitos roubos de disco, especialmente na sua zona defensiva. O ideal é nunca dar chance para o adversário tomar a posse do puck, quando se está na zona defensiva é mais delicado e perigoso. Pensando em jogo de playoffs onde normalmente os detalhes fazem muito mais diferença, os turnovers são um fator que decide jogos e os Golden Knights precisam cuidar melhor do disco para não sofrerem derrotas por conta de um fundamento mal executado.
Outro problema de Vegas é o penalty kill, com 76,5% de penalidades mortas durante a temporada o time tem apenas o 24º PK da liga. Pelo menos os Golden Knights são um dos times mais disciplinados da NHL, sendo o segundo time que teve menos penalidades marcadas contra. Vale ressaltar outra vez: detalhes decidem jogos e nos playoffs o peso deles pode ser muito maior no resultado.
Na breve história de Vegas na NHL, os Golden Knights historicamente têm um desempenho excelente em pós-temporadas. De 2017-18 até 2023-24, os Golden Knights não foram para os playoffs apenas na temporada 2021-22, foram eliminados duas vezes na primeira rodada e duas vezes na final de conferência. O time disputou duas finais de Stanley Cup, vencendo a copa em 2023.
Os Golden Knights têm boa chance de chegar novamente até a final de conferência, precisa fazer um bom primeiro round. A dificuldade deve crescer na segunda rodada, seja contra Kings ou Oilers, além disso a questão é se Vegas pode competir contra os melhores da conferência oeste, ou não.
Por Thiago Farias
LOS ANGELES KINGS
Depois de três eliminações consecutivas na primeira rodada, os Los Angeles Kings chegam aos playoffs de 2024-25 com a missão de finalmente avançar. A equipe encerrou a temporada regular com uma campanha sólida: 48 vitórias, 24 derrotas e 9 derrotas no overtime, somando 105 pontos e garantindo a segunda colocação na Divisão do Pacífico.
O ponto forte da temporada regular foi, sem dúvidas, o desempenho em casa. No Crypto.com Arena, os Kings acumularam 31 vitórias, estabelecendo um novo recorde da franquia de vitórias em casa, um aproveitamento que os coloca entre os melhores da liga como mandantes. Fora de casa, no entanto, o cenário foi bem diferente: apenas 15 vitórias e 19 derrotas, o que levanta uma bandeira vermelha para a pós-temporada, quando jogos decisivos longe de casa são inevitáveis.
O ataque dos Kings foi liderado por Adrian Kempe, que terminou a temporada com 33 gols e 64 pontos, sendo peça-chave em situações de 5 contra 5. Ao lado dele, o capitão Anze Kopitar manteve sua consistência habitual, somando 43 assistências e sendo um dos pilares da construção ofensiva da equipe. Ambos chegam aos playoffs em boa forma e terão papel central na tentativa de mudar o rumo recente da franquia.
Do lado defensivo, o destaque foi o goleiro Darcy Kuemper, que somou 28 vitórias, uma média de 2,53 gols sofridos por jogo e ainda registrou cinco shutouts ao longo do ano. Apesar disso, o setor defensivo nem sempre foi confiável, especialmente em situações especiais.
O power play foi um dos pontos mais frágeis da equipe. Com aproveitamento de apenas 15,1%, os Kings terminaram na 28ª posição da liga nesse quesito. A baixa produção com um jogador a mais pode se tornar um obstáculo sério, especialmente contra adversários como Edmonton Oilers ou Vegas Golden Knights, que contam com unidades especiais muito mais eficazes.
Nos últimos anos, os Kings chegaram à pós-temporada com alguma expectativa, mas não conseguiram avançar. Foram eliminados na primeira rodada nas últimas três edições dos playoffs pelo Edmonton Oilers, sempre mostrando dificuldade em manter o ritmo e a intensidade em séries longas.
O caminho até uma eventual final não será fácil. Além dos Oilers e dos Golden Knights, os Kings podem cruzar com time x ou time y, todos adversários experientes e com bom histórico recente. No entanto, a força do elenco, a experiência do núcleo veterano e o desempenho em casa mantêm vivas as chances de uma campanha mais longa.
Para isso, será essencial corrigir o que não funcionou nos anos anteriores: melhorar a presença física nos jogos fora de casa, encontrar respostas no power play e manter a consistência defensiva. Se conseguirem, os Kings têm tudo para ir além da primeira rodada pela primeira vez desde 2014.
EDMONTON OILERS
A temporada do Edmonton Oilers foi de constante disputa pelo segundo lugar da divisão do Pacífico com o Los Angeles Kings. Os Oilers mantiveram um ritmo constante e se classificaram para a pós-temporada com uma vitória no jogo número 79 da temporada regular.
Foi mais uma boa temporada de Connor McDavid, o capitão dos Oilers novamente foi fundamental para o desempenho do time na temporada e a classificação do time para os playoffs da temporada 2024-25 da NHL. Essa foi a pior temporada de McDavid desde 2019-20, temporada encurtada pela pandemia de COVID-19.
Leon Draisaitl superou a marca dos 100 pontos pela quarta temporada seguida, ele foi o principal jogador dos Oilers. Draisaitl foi o melhor pontuador dos Oilers na temporada com 106 pontos, também quem mais contribuiu para criação de chances de gol e um dos que mais ajudaram os Oilers a manter a posse do puck tirando chances do oponente. Com ele no gelo, os Oilers marcaram 130 gols e sofreram 57, essa diferença é uma marca de um jogador que domina o jogo.
Os grandes defeitos do Edmonton Oilers são e continuam sendo há anos a posição de goleiro e o sistema defensivo. Stuart Skinner, o goleiro titular, terminou a temporada regular com 89,4% de defesas e média de 2,87 gols sofridos por jogo, que são números abaixo do ideal para um goleiro em um time da NHL. O reserva, Calvin Pickard, tem números parecidos: 90,2% de defesas e 2,63 gols sofridos por jogo. A posição de goleiro já comprometeu campanhas de playoffs na história recente dos Oilers e pode voltar a assombrar o time nessa temporada.
Quando os Oilers estão em posse do puck são um dos times mais perigosos da NHL, especialmente com Draisaitl e McDavid no gelo. Quando não têm posse do disco, no entanto, os Oilers deixam muito a desejar, especialmente quando Darnell Nurse ou Brett Kulak estão no gelo e esses dois defensores costumam ter muito tempo de gelo por estarem nos principais pares defensivos do time. Assim como o desempenho dos goleiros, o desempenho defensivo dos Oilers é um fator que já pesou contra o time e pode ser um problema novamente.
É a sexta temporada consecutiva que os Oilers chegam aos playoffs, nas três últimas temporadas eles venceram a primeira rodada. É um time que na história recente tem crescido na pós-temporada e tem forças para surpreender positivamente.
Pelo quarto ano seguido os Oilers enfrentarão os Kings, eles venceram todas as três séries contra Los Angeles nos últimos anos. Dessa vez os Kings chegam aparentemente mais prontos para os playoffs e devem apresentar um risco maior. Os Oilers precisam contar com suas duas estrelas e um bom sistema defensivo, assim serão capazes de passar pelos Kings. Numa eventual segunda rodada, os Golden Knights podem ser os adversários e a partir daí qualquer cenário parece desfavorável para Edmonton.
Por Thiago Farias
MINNESOTA WILD
O Minnesota Wild garantiu sua vaga de playoffs de uma forma dramática na última terça-feira (15), quando empatou contra o Anaheim Ducks faltando 20 segundos para o fim do terceiro período e levou o jogo para a prorrogação. Só com o ponto extra, o Wild já não poderia mais ser alcançado pelo Calgary Flames, o primeiro fora da zona de classificação por Wild Card. Com isso, o Wild encerrou sua campanha na temporada regular com 97 pontos conquistados, o suficiente para a primeira vaga de Wild Card.
Para os playoffs, o time do estado do hóquei conta com um Kirill Kaprizov saudável, após o russo perder metade da temporada por lesão. Além dele, o Wild conta com boas atuações de Filip Gustavsson, que fez boa temporada como titular. Mas os destaques da temporada foram os jovens Matt Boldy e Marco Rossi. Boldy, um ala direito de 24 anos, foi o líder em pontos da equipe (73) e artilheiro, marcando 27 gols. Rossi, central de 23 anos, foi o segundo jogador mais produtivo do time, com 60 pontos marcados.
O setor que mais preocupa é o penalty kill. Durante a temporada regular, o Wild teve o terceiro pior aproveitamento da liga no quesito, com 72,4%, à frente somente de New York Islanders e Detroit Red Wings. O histórico nos playoffs também não é favorável. Em 13 participações, o time de Minnesota passou da primeira rodada apenas três vezes. O caminho também deve ser muito duro, pois logo de cara enfrenta o campeão da divisão Pacífica, Vegas Golden Knights, e caso passe, mais um duríssimo duelo contra Edmonton Oilers ou Los Angeles Kings, ou seja, vida nada fácil para o Minnesota Wild.
Por Lucas Mendes
ST. LOUIS BLUES
O St. Louis Blues estão de volta aos playoffs da NHL na temporada 2024-25, após uma campanha marcada por altos e baixos, mas que culminou com a classificação no último jogo do time na temporada regular.
A temporada regular dos Blues foi uma montanha-russa. Com um início instável sob o comando de Drew Bannister, a equipe decidiu por uma mudança técnica em novembro, contratando Jim Montgomery como novo treinador. A mudança surtiu efeito, já que o time encerrou a temporada com um recorde de 44 vitórias, 30 derrotas e 8 derrotas na prorrogação, totalizando 96 pontos e com uma sequência impressionante de 12 vitórias consecutivas – um recorde histórico para a franquia. Essa série de vitórias foi crucial para garantir a segunda vaga de wild card na Conferência Oeste.
O time teve vários destaques positivos, porém, Robert Thomas é o principal articulador ofensivo da equipe, demonstrando visão de jogo e consistência. Thomas teve uma sequência de 12 jogos consecutivos pontuando na reta final da temporada, com quatro gols e 21 assistências nesse período. Ele chegou a 81 pontos na temporada, tornando-se o primeiro jogador da história dos Blues a atingir essa marca em temporadas consecutivas. A sequência terminou quando ele sofreu uma lesão na parte inferior do corpo em 15 de abril, algo que preocupa o time e, consequentemente, os torcedores. Jordan Kyrou é o artilheiro da equipe com 34 gols, se mostrando decisivo em momentos cruciais e sendo uma peça-chave no ataque dos Blues.
Outro ponto de destaque foi o desempenho da dupla de goleiros formada por Jordan Binnington e Joel Hofer. Binnington, com sua experiência e liderança, manteve uma média de defesas sólida, enquanto Hofer, em sua primeira temporada completa na NHL, apresentou bons números incluindo uma porcentagem de defesas de 90,4%. Essa parceria tem sido crucial para o sucesso dos Blues, oferecendo estabilidade e confiança à equipe, especialmente quando é necessário garantir pontos vitais em jogos difíceis.
Contudo, os Blues enfrentam desafios significativos. A defesa está envelhecida, com jogadores como Ryan Suter de 39 anos e outros acima dos 30, a velocidade e resistência da linha defensiva são preocupações. Os times especiais também atuam abaixo do esperado. O power play da equipe teve um aproveitamento de apenas 22,1%, colocando os Blues em 16ª na liga. Já no penalty kill, a situação é ainda mais delicada, já que o time tem 74,2% de aproveitamento e ocupa a 28ª posição geral na NHL.
Com essa trajetória, os Blues entram nos playoffs com grandes expectativas, confiantes em sua capacidade de competir. Todavia, na primeira rodada eles já enfrentam um árduo oponente: o campeão do Presidents’ Trophy, o Winnipeg Jets, e na sequência, o vencedor do duelo entre Colorado Avalanche e Dallas Stars. Desde a conquista da Stanley Cup em 2019, os Blues têm tido desempenhos decepcionantes nos playoffs. Após a eliminação na segunda rodada em 2022 e ausência nas duas temporadas seguintes, o time busca retomar o protagonismo na pós-temporada.
CONFERÊNCIA LESTE
O Washington Capitals foi o primeiro time a garantir vaga nos playoffs da temporada 2024-25 da NHL. Com uma campanha liderada por Alex Ovechkin, que vive mais um capítulo histórico de sua carreira, a equipe da capital dos Estados Unidos chega como uma das grandes favoritas ao título — ao lado do Winnipeg Jets, campeão do Presidents’ Trophy. Na Divisão Metropolitana, os Capitals terão a companhia de New Jersey Devils e Carolina Hurricanes.
Enquanto isso, a Divisão Atlântica mostrou sua força ao classificar cinco equipes: Toronto Maple Leafs, Tampa Bay Lightning, Florida Panthers, Ottawa Senators e Montréal Canadiens. Como se não bastasse o peso das camisas, o lado Leste dos playoffs da temporada 2024-25 da NHL ainda reserva dois confrontos com rivalidades importantes: as Batalha de Ontário, entre Maple Leafs e Senators, e da Flórida, entre Panthers e Lightning.
Quer saber como cada um desses times chega para a disputa? Confira tudo sobre os classificados da Conferência Leste!
WASHINGTON CAPITALS
O Washington Capitals foi um time bastante consistente durante a maior parte da temporada regular, estando na primeira colocação da Divisão Metropolitana desde novembro. Em janeiro, os Capitals estavam com uma defesa inconsistente, já que o time sofreu gols em momentos importantes em diversos jogos. Mesmo assim, o time terminou a temporada na segunda colocação geral da liga com 111 pontos, além de um saldo de gols de +56 e uma campanha de 51-22-9.
Os jogadores que mais se destacaram foram, sem dúvidas, o capitão Alexander Ovechkin e o central Dylan Strome. Ambos jogadores foram responsáveis por ajudarem o Capitals em sua jornada aos playoffs pelo segundo ano consecutivo. Strome fez a sua melhor temporada da carreira, batendo seus próprios recordes em números de gols (29), assistência (53) e pontos (82). Além disso, ele liderou a lista de jogadores com mais pontos pelos Caps na temporada, tendo sido uma peça fundamental para a franquia. Mesmo assim, o capitão do time foi o responsável por roubar os holofotes. Alex Ovechkin, no dia 4 de abril, igualou-se a Wayne Gretzky por número de gols que perdurava por 33 anos. Logo no próximo jogo, no dia 6 de abril, o russo quebrou o recorde, assim se tornando o jogador com o maior número de gols da história da NHL. Ovechkin começou a temporada precisando de 42 gols para quebrar o recorde. Em novembro, o capitão teve uma lesão na perna que o deixou afastado dos gelos por aproximadamente dois meses, fazendo que diversas pessoas duvidassem que ele conseguiria passar dos 895 gols na temporada 24-25. Mesmo com o contratempo, o russo terminou com 44 gols, 29 assistências e 73 pontos – o segundo jogador do Capitals com mais pontos.
O histórico da franquia nos playoffs não é dos melhores e o time acaba decepcionando quando chega na pós-temporada. Nas últimas cinco vezes que os Capitals chegaram aos playoffs, eles foram eliminados na primeira rodada e o último jogo vencido pelos mesmos foi em 7 de maio de 2022. O único ano que o time surpreendeu foi em 2018, conquistando a Stanley Cup. Mesmo com esse histórico, os Capitals chegam como um dos favoritos nessa temporada. O time pode acabar com a “zebra” e conquistar novamente a taça por conta do bom desempenho do elenco e seu poder ofensivo. Os fãs esperam que esse seja um dos anos mais vitoriosos para a franquia.
Em geral, o time possui a chance de avançar e, quem sabe, conquistar a Stanley Cup. Porém, os Capitals terão que enfrentar adversários que também vem com favoritismo, como o Winnipeg Jets, Tampa Bay Lightning, Florida Panthers e Dallas Stars. Além disso, na primeira rodada os Capitals enfrentarão o Montreal Canadiens. Após a batalha pela última vaga dos playoffs e a vitória sobre o Carolina Hurricanes no último jogo, o time canadense pode ser um adversário difícil. Na última vez que os dois times se enfrentaram, os Canadiens levaram a melhor.
CAROLINA HURRICANES
O Carolina Hurricanes chega mais uma vez aos playoffs com um time forte e capaz de ir longe na disputa. O técnico Rod Brind’Amour e o general manager Eric Tulsky trazem um elenco renovado, após diversas trocas que marcaram a temporada – como as de Martin Necas e Mikko Rantanen. Mesmo com essas mudanças, o time conseguiu montar um conjunto consistente com as novas adições, navegando pela temporada regular sem grandes preocupações quanto à classificação para os playoffs. Os Hurricanes encerraram a temporada regular com um recorde de 47-29-5, somando 99 pontos.
O líder em gols da equipe é Seth Jarvis (32), enquanto Sebastian Aho lidera tanto em assistências (45) quanto em pontos (74). Ambos são reconhecidos por sua eficácia ofensiva e pela criação de jogadas importantes. Ainda assim, outros nomes, como os recém-chegados Jack Roslovic, Taylor Hall, Logan Stankoven e o novato Jackson Blake, também já estão fazendo a diferença no time. Ao todo, 10 jogadores marcaram 10 gols ou mais durante a temporada.
Além do talento individual, os Canes contam com um penalty kill impressionante, estando atrás apenas do Montréal Canadiens no ranking da liga nesse quesito. Esse fator pode ser crucial, especialmente diante de adversários com grande poder ofensivo na Conferência Leste.
A grande decisão que a comissão técnica dos Hurricanes terá que tomar será em relação aos goleiros. O time conta com Pyotr Kochetkov e Frederik Andersen, dois nomes que já provaram seu valor tanto nesta quanto em temporadas anteriores com a equipe.
A última vez que os Hurricanes enfrentaram o New Jersey Devils nos playoffs foi em 2023, quando conquistaram a vaga nas semifinais em apenas cinco jogos. Além disso, a equipe da Carolina do Norte levou a melhor nas últimas quatro vezes em que enfrentou os Devils na pós-temporada.
Por Sofia Miranda
NEW JERSEY DEVILS
Os Devils estão de volta à pós-temporada. Depois de uma campanha marcada por altos e baixos, o New Jersey Devils garantiu sua vaga nos playoffs da temporada 2024-25 da NHL. Embora a classificação não tenha sido tranquila, o time chega com potencial para surpreender.
A temporada regular foi instável. Com um ataque veloz e habilidoso, os Devils mostraram momentos de brilho, mas sofreram com a inconsistência defensiva e a falta de regularidade nos jogos fora de casa. Lesões em peças importantes também atrapalharam o ritmo. A vaga nos playoffs veio apenas nas últimas semanas, após uma sequência positiva que garantiu o time no wild card, uma conquista difícil, que reflete bem o desempenho oscilante da equipe.
Apesar disso, alguns nomes se destacaram de forma clara, mas não poderão ajudar na reta mais decisiva da temporada. É o caso de Jack Hughes, um dos maiores talentos da equipe, que se lesionou em março e está fora da pós-temporada, uma enorme baixa no elenco dos Devils.
O sistema defensivo ainda é o calcanhar de Aquiles da equipe e, apesar da dificuldade em manter seus melhores atletas saudáveis, alguns jogadores vêm se destacando. É o caso de Jesper Bratt, líder da equipe em pontos na temporada, e de Nico Hischier, que até o momento acumula 35 gols e 34 assistências.
Historicamente, os Devils alternam campanhas sólidas com decepções na pós-temporada, sendo quase sempre o azarão nas disputas contra equipes mais fortes. O caminho até a final será difícil, os Devils enfrentarão um rival de peso, o Carolina Hurricanes, um time mais consistente e experiente, que constantemente chega à pós-temporada.
Ainda assim, trata-se de uma equipe talentosa. Caso os ajustes necessários na defesa sejam feitos e os principais jogadores continuem se destacando ofensivamente, os Devils, mesmo como azarões, podem surpreender nos playoffs.
Por Lucas Balugani
TORONTO MAPLE LEAFS
A temporada de 2024-25 foi uma das melhores para o time de Toronto. Os Maple Leafs foram muito consistentes e conquistaram o título da Divisão Atlântica, algo que eles não faziam desde 2013. Com 51 vitórias, 26 derrotas e quatro empates, eles conquistaram a terceira melhor temporada da franquia e se classificaram para os playoffs.
Os Leafs tem muitas peças importantes, mas a que mais chamou atenção nessa temporada foi Mitch Marner. O nativo de Markham, Canadá, alcançou a marca de 100 pontos e foi a peça principal para os ataques no power play. Mesmo assim, outros jogadores como William Nylander, Auston Matthews e Anthony Stolarz também chamaram atenção.
Um dos fatores que pode atrapalhar a campanha dos Leafs, é o fato deles não terem um bom recorde em playoffs. Eles não passam da segunda rodada em 20 anos.
Além disso, a defesa é algo preocupante pela sua inconsistência, além do time ter um goleiro que não tem experiência em playoffs. Os Leafs têm jogadores poderosos, mas que parecem não saber lidar com a pressão da pós temporada regular . Caso jogadores como Matthews, Marner, Nylander e Tavares sejam neutralizados pela defesa dos seus adversários, ficará difícil para o ataque do Leafs performar bem.
O primeiro adversário do time será o Ottawa Senators. Lidar com a pressão psicológica, e além de superar as derrotas nos últimos confrontos com os Senators, serão as chaves para a vitória do time
TAMPA BAY LIGHTNING
A temporada 2024-2025 marcou uma nova era para o Tampa Bay Lightning, que, mesmo sem seu capitão Steven Stamkos, mostrou que continua sendo uma das maiores potências da Conferência Leste. A saída de Stamkos, o maior líder da história da franquia, foi um golpe significativo, mas a resposta foi imediata e eficaz. Além de manter a base forte, como Kucherov e Point, o time trouxe Jake Guentzel, que se encaixou rapidamente no sistema e se mostrou um reforço essencial. Logo no início, ficou claro que Nikita Kucherov estava, novamente, disposto a carregar o time em uma jornada vitoriosa. O craque russo teve uma campanha extraordinária, conquistando o Troféu Art Ross pelo segundo ano consecutivo, com impressionantes 121 pontos, incluindo 37 gols e 84 assistências. Sua criatividade foi inegável, e Kucherov se manteve dominante em praticamente todos os jogos, sendo o cérebro ofensivo da equipe e conduzindo o power play com maestria. Além disso, Kucherov foi crucial em momentos-chave da temporada, ajudando a garantir vitórias importantes em jogos contra rivais diretos no Leste.
Brandon Hagel, por sua vez, viveu o auge de sua carreira na temporada 2024-2025. Com 90 pontos (35 gols e 55 assistências), o jogador se consolidou como um dos pilares do ataque de Tampa Bay. Sua combinação de velocidade, agressividade e finalização precisa tornou-o uma presença constante nas estatísticas da equipe. Hagel passou a ser uma peça fundamental não apenas pela sua capacidade de pontuar, mas também pela energia que trouxe para o time.
Brayden Point, como sempre, manteve sua regularidade costumeira, somando 82 pontos ao longo da temporada, sendo o artilheiro da equipe com 42 gols, além de 40 assistências. Sua capacidade de jogar em todas as situações, seja no power play, penalty kill ou cinco contra cinco, continua sendo um diferencial importante. Point tem a habilidade rara de aparecer quando o time mais precisa, fazendo gols importantes e criando oportunidades, o que faz dele uma das principais referências no elenco. O recém-chegado Jake Guentzel, rapidamente se entrosou com o sistema do técnico Jon Cooper. Com 80 pontos (41 gols e 39 assistências), Guentzel provou ser uma das adições mais valiosas da temporada, tornando-se uma ameaça constante no ataque. Sua habilidade de se posicionar bem, sua precisão nas finalizações e sua química com outros jogadores do time aumentaram ainda mais a profundidade ofensiva do Lightning, tornando o time ainda mais difícil de ser parado.
Embora a ausência de Stamkos tenha sido sentida em alguns momentos, o Lightning manteve sua competitividade graças à grande qualidade de seu elenco. A defesa, liderada pelo atual capitão Victor Hedman e pelo retorno do veterano Ryan McDonagh, continuou sólida e confiável, garantindo que o time tivesse uma base forte para sustentar a pressão ofensiva de seus adversários. O goleiro Andrei Vasilevskiy, mesmo não tendo sua melhor temporada estatisticamente, seguiu sendo uma presença dominante no gol, com defesas cruciais e uma mentalidade imbatível nos momentos de maior pressão. Vasilevskiy ainda é um dos goleiros mais confiáveis da liga, e sua importância para a equipe vai muito além das estatísticas.
A identidade do Tampa Bay Lightning, marcada por sua resiliência, talento e competitividade, permanece viva e forte. Com Kucherov como líder no ataque e o apoio de jogadores como Hagel, Point e Guentzel, os Bolts continuam sendo sérios candidatos à conquista da Stanley Cup. Terminando em sétimo na classificação geral, terceiro na Conferência Leste e segundo na Divisão Atlântica, a temporada 2024-2025 reflete o legado do time e sua habilidade em se reinventar a cada desafio.
Por Camilla Chaves
FLORIDA PANTHERS
O campeão da temporada 2023-24, Florida Panthers, garantiu a sua presença nos playoffs 2025. A franquia vem para sua sexta participação consecutiva nos playoffs depois de uma campanha tranquila para a classificação.
Com uma temporada regular linear, os Panthers fecharam os seus 82 jogos com um recorde de 47-31-4 e vêm para tentar defender o título de campeão da Stanley Cup. Com um bom ataque e uma boa defesa, o time conseguiu ter regularidade durante a temporada. Apesar de estar sem Matthew Tkachuk desde fevereiro, o ataque conseguiu manter o seu bom desempenho e a franquia se classificou em terceiro lugar na Divisão Atlântica com 98 pontos. Os Panthers ficaram em sétimo lugar como time com menos gols sofridos por jogo, com uma média 2,72.
Em um time bem equilibrado, os nomes destaques da temporada regular são: Sam Reinhart, que lidera o time com 81 pontos (39 gols, 42 assistências) em 79 jogos; e o capitão Aleksander Barkov com 71 pontos (20 gols, 51 assistências). Os dois juntos somam 59 gols e 93 assistências para o Panthers, mostrando a força do ataque do time. Mesmo com um bom time que fez uma campanha linear, nada é garantido. O time começará os playoffs ainda sem Matthew Tkachuk, então a equipevai ter que continuar usando seus outros jogadores do ataque para continuar avançando. E os Panthers são o time com mais tempo de penalidades, com 843 minutos no penalty box. O time também não contará com Aaron Ekblad nos dois primeiros jogos da série da primeira rodada devido à suspensão, mas pode retornar para o jogo três.
Como um time que conseguiu avançar até chegar nas duas últimas finais da Stanley Cup, os Panthers costumam ter um bom desempenho dentro dos playoffs. A tendência é o time continuar seu bom desempenho para buscar a sua terceira final consecutiva. Na primeira rodada dos playoffs o Florida Panthers enfrenta o Tampa Bay Lightning na Conferência Leste pela segunda temporada consecutiva. Na temporada passada, os Panthers levaram a melhor vencendo a série por 4-1. Se passar pelo Lightning, os Panthers enfrentarão na segunda rodada o vencedor de Toronto Maples Leafs x Ottawa Senators. Com o bom retrospecto até aqui, o Florida Panthers tem boas chances de avançar para a segunda rodada e até mesmo almejar ganhar a Stanley Cup novamente.
Por Amanda Marques
OTTAWA SENATORS
Foram anos difíceis para o Ottawa Senators. O time ficou a um gol de chegar a grande final na temporada 2016-17, perdendo para o Pittsburgh Penguins na prorrogação do jogo sete da final da Conferência Leste e desde então, após uma avalanche de decisões erradas do seu front office, perda do capitão Erik Karlsson e outros jogadores importantes, o que levou a uma reconstrução do time, após oito anos, Ottawa volta a jogar nos playoffs. O caminho foi um pouco facilitado. Nos últimos anos, a Divisão Atlântica foi dominada por quatro times, Toronto Maple Leafs, Boston Bruins, Florida Panthers e Tampa Bay Lightning, fazendo com que nove times da Conferência Leste brigassem por uma vaga de Wild Card. Esse ano, um dos grandes caiu, e com a ausência dos Bruins na briga, o Ottawa Senators chega como o quarto colocado da Atlântica e o primeiro colocado em Wild Card no Leste.
O time da capital canadense chega para os playoffs liderados por um núcleo jovem e talentoso. Brady Tkachuk é o capitão, o artilheiro e a alma dessa equipe, que conta também com talentos jovens, como o ala direito Drake Batherson e o defensor Jake Sanderson, além de veteranos como Claude Giroux. Mas os verdadeiros destaques da equipe são: o goleiro Linus Ullmark, que fez uma boa primeira temporada com a equipe, vencendo 24 jogos e com média de gols sofridos por jogo de 2,67 e o atacante Tim Stützle, que liderou o time em pontos com 76 pontos.
O que conta contra os Senators nesses playoffs é a falta de experiência. Nenhum dos jogadores desse núcleo jovem do time chegou a disputar uma partida de playoff antes, o que pode fazer com que o time todo sinta o peso desse estilo diferente de campeonato, afinal foram sete temporadas seguidas de ausência.
E o caminho não será fácil. Logo de cara teremos a Batalha de Ontário, contra o Toronto Maple Leafs. Há chances de passar, por se tratar de muita rivalidade entre os times e pelo próprio histórico dos Leafs em playoffs da temporada 2024-25 da NHL. Porém na sequência vem um páreo duríssimo entre o vencedor de Florida Panthers e Tampa Bay Lightning, os dois campeões do Leste nos últimos cinco anos.
Por Lucas Mendes
MONTRÉAL CANADIENS
A temporada regular para o Montréal Canadiens foi com muitos altos e baixos, expondo o processo de reconstrução que o time vem passando. Encerraram a temporada com 27 vitórias, 26 derrotas e cinco derrotas na prorrogação. Conquistando a última vaga do wild card da Conferência Leste, sofrendo para se classificar, sendo uma surpresa já que é a primeira vez desde 2020-21 que se classificaram e muitas vezes nem chegaram perto. O time também terminou o ano de 2024 como o segundo pior time da liga, evoluindo na segunda metade da temporada.
Mesmo com a dificuldade como time na temporada, alguns jogadores tiveram desempenhos excelentes, como o capitão Nick Suzuki. Ele liderou a equipe com 65 pontos, sendo 19 gols e 46 assistências, em 62 jogos, mostrando consistência durante toda a temporada. Outro destaque também é o Cole Caulfield, um dos principais artilheiros do time, fazendo diferença nessa temporada para o habs, sendo uma ameaça ofensiva durante os jogos.
Na última participação nos playoffs, os Habs, para a surpresa de muitos eles chegaram a final da Stanley Cup mas perderam para o Tampa Bay Lightning. O grande problema agora é o fato de que a maioria dos jogadores não têm experiência em pós-temporada, pois os Canadiens apostaram no jogo ao longo prazo escolhendo jogadores mais novos para moldá-los. Mas vai ser difícil, sua defesa é desequilibrada, power play inconsistente e os goleiros ainda estão conquistando a confiança do time.
A chances são baixas já que seu primeiro adversário vai ser o Washington Capitals, que vem de uma temporada incrível e foi o melhor time da conferência. Talvez isso seja uma boa experiência para os jogadores mais novos em playoffs, mas as chances estão contra eles.
Confira o episódio do podcast Tic-Tac-Gol!, onde nossa equipe analisa tudo o que você precisa saber sobre os playoffs da temporada 2024-25 da NHL!
amooooooo, bora que bora